Nem sempre é fácil mudar velhos hábitos – mas existem alguns primeiros passos simples que ajudam a ter suas finanças pessoais em dia.
Organizar as finanças pessoais, gerenciar todos os pagamentos, saber exatamente quanto entra e sai do seu bolso a cada dia do mês… No papel, é simples listar os passos para ter uma vida financeira organizada. Mas se a sua realidade está longe desse mundo ideal, fique tranquilo: você não está sozinho.
Os números não mentem: guardar dinheiro é um desafio para a maioria das pessoas – mas existem hábitos do dia-a-dia que tornam esse processo ainda mais difícil.
A mesma pesquisa do SPC mostra algumas das justificativas de quem não organiza as finanças pessoais:
Se as dificuldades acima soam familiares, veja abaixo um passo a passo para começar o planejamento das suas finanças pessoais.
Um indicador do SPC em parceria com a CNDL de 2018 apontou que 33% dos brasileiros que utilizaram o cartão de crédito não sabiam o quanto gastaram no mês anterior – e nem com o que gastaram especificamente.
Isso é preocupante.
Sem saber o quanto entra em seu bolso a cada mês, o quanto gasta e pra onde vai seu dinheiro, organizar suas finanças pessoais e criar um planejamento financeiro se torna quase impossível. Por isso, o primeiro passo é ter esses números em mãos.
Separar seus gastos por categorias é uma boa forma de enxergar o que mais consome seu salário – e, logo, quais despesas podem ser cortadas na hora de economizar.
As principais despesas para levar em conta são:
É hora de avaliar quais dívidas você tem em seu nome e quitá-las.
Negocie valores, taxas e, antes de guardar dinheiro para alguma viagem ou compra de grande valor, certifique-se de que não terá despesas atrasadas. Elas se tornam uma bola de neve com o tempo e, por isso, quanto mais você deixá-las em aberto, mais se endividará. Elas devem ser prioridade nesse momento.
Agora que todos os gastos e receitas já estão organizados, é hora de montar um orçamento das suas finanças pessoais. Basicamente, essa etapa consiste em detalhar esses números nas categorias mencionadas acima e estabelecer um valor máximo ou porcentagem de sua renda para cada uma delas.
Você pode estabelecer que, mensalmente, uma porcentagem do salário vai para pagar gastos essenciais (aluguel, contas básicas, meio de transporte, etc), uma parte é reservada para seus hobbies e lazer, outra para a reserva de emergência, uma parte precisa pagar as dívidas etc.
O orçamento é um guia que ajuda na hora de planejar e cumprir os gastos. Ele não deve ser visto como algo que engessa as suas ações – mas sim como um controle das suas finanças pessoais.
Quando você sabe quanto cada um dos itens essenciais custa, consegue acomodar melhor os outros gastos e até flexibilizar as contas: se os gastos com lazer passaram um pouco do planejado no mês, você pode tentar economizar em outros itens para compensar.
Uma vez sem pendências financeiras, você pode começar a guardar dinheiro. É interessante, se você não tem nenhuma outra economia, começar da seguinte maneira:
Aquele dinheiro que você não sabe quando precisará usar, mas que está disponível para qualquer eventual emergência ou imprevisto.
Fazer um empréstimo é uma das principais causas de dívida, segundo pesquisa da CNDL – por isso, ter um dinheiro guardado para imprevistos é uma forma de preservar suas finanças pessoais.
É importante não pular essa primeira etapa: esse fundo de emergência pode evitar que você tenha novos problemas no futuro.
O ideal, segundo educadores financeiros, é que esse fundo tenha o equivalente a seis salários mensais.
Por exemplo: se o seu salário é de R$ 1 mil ao mês, seu fundo de emergência deve ser de R$ 6 mil. Essa deve ser sua prioridade financeira se já quitou as dívidas e não tem nenhuma outra reserva.
A reserva de emergência pode ser investida em um algum produto financeiro de baixo risco, como CDBs e títulos públicos, para que fique sempre rendendo – assim, o dinheiro não fica parado.
O importante é que o investimento escolhido seja de Renda Fixa, de forma que não corra riscos ou oscilações.
Nesse ponto, suas finanças pessoais já passaram pelas etapas “básicas” de organização. A ideia de ter esse planejamento é sempre conseguir economizar e atingir seus objetivos financeiros, sejam eles aposentar-se mais cedo, comprar um carro ou uma casa, viajar, pagar um MBA.
Se o seu objetivo é guardar dinheiro para uma viagem, provavelmente de curto prazo, tenha um planejamento específico para ele.
Se, por outro lado, seu objetivo for aposentar-se, isso exige um planejamento de muitos anos, pensando no longo prazo. Pode valer a pena investir em um plano de previdência privada ou até mesmo em produtos de Renda Fixa para isso.
Lembre-se: dar o primeiro passo é importante. O seu orçamento pode mudar e se adaptar, mas é fundamental ter sempre visibilidade do que você ganha e do quanto gasta.
Organizar as Finanças por Redação Nubank
Disponível em: https://bit.ly/3juk1Pw
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