Entender economia é saber reconhecer as consequências, nem sempre perceptíveis, de uma dada política. No discurso pode até parecer bonito, mas na prática é completamente diferente. No século XIX, o economista francês Frédéric Bastiat explicou que, para que possamos realmente entender as consequências de uma política, temos de considerar tanto “aquilo que é visto como aquilo que não é visto”. |
Segundo ele: “Na esfera econômica, um ato, um hábito, uma instituição, uma lei não geram somente um efeito, mas uma série de efeitos. Dentre esses, só o primeiro efeito é imediato. Manifesta-se simultaneamente com a sua causa. É visível. Os outros só aparecem depois e não são visíveis. Podemo-nos dar por felizes se conseguirmos prevê-los. Entre um mau e um bom economista existe uma diferença: o primeiro se detém no efeito que se vê; já o outro leva em conta tanto o efeito que se vê quanto aqueles que se devem prever.” Henry Hazlitt, discípulo intelectual de Bastiat, em seu famoso livro Economia numa única lição identificou a “persistente tendência de os homens verem apenas os efeitos imediatos de uma dada política, ou apenas seus efeitos sobre um determinado grupo de indivíduos, e negligenciarem quais serão os efeitos de longo prazo daquela mesma política sobre todos os outros grupos de indivíduos. Esta é a falácia de ignorar as consequências secundárias”. O economista Thomas Sowell tem uma famosa frase que sintetiza bem a relação entre economia e política. Diz ele: “A primeira lei da economia é a escassez. E a primeira lei da política é ignorar a primeira lei da economia”. |
Aqui, já que estamos abordando este assunto, gostaríamos de aproveitar para mostrar 5 lições básicas de economias que continuam sendo ignoradas. 1ª lição: Dizer que os salários — principalmente o salário mínimo — devem ser aumentados por decreto significa dizer que o segredo para a prosperidade é aumentar os custos de produção; 2ª lição: Dizer que o governo deve estimular o crédito para salvar a economia significa dizer que a maneira de salvar a economia é aumentando o endividamento das pessoas. Crédito e dívida são nomes distintos para a mesma coisa; 3ª lição: Dizer que o governo deve estimular a indústria nacional por meio de subsídios ou empréstimos subsidiados significa dizer que o grande empresariado deve receber dinheiro de impostos do povo e, com isso, levar vantagem sobre os concorrentes menores; 4ª lição: Dizer que mais gastos do governo estimulam o empreendedorismo significa dizer que a contratação de mais burocratas e a criação de mais burocracia e regulamentações incentivam a produção e criam mais riqueza; 5ª lição: Dizer que as empresas devem ser controladas por agências reguladoras significa dizer que essas empresas devem operar dentro de um cartel protegido pelo estado, com preços garantidos e sem liberdade de entrada para potenciais concorrentes. Economia não é tão difícil de entender como parece. Compreender como ela funciona é de extrema importância no nosso dia a dia. Disponível em Instituto Mises Brasil: https://bit.ly/3d2giaQ
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