por Lúcia Dellagnelo 11 de março de 2020
Neste momento, por conta da epidemia do coronavírus COVID-19, aproximadamente 290 milhões de crianças e jovens em todo mundo estão sem frequentar a escola. Alguns países têm adotado estratégias de educação online e por outras mídias para garantir a continuidade das atividades curriculares.
A China acaba de anunciar uma plataforma nacional de ensino que oferece conteúdos e recursos educacionais digitais em áreas como: prevenção da epidemia, educação moral, disciplinas do currículo nacional, além de milhares de outros recursos educacionais, como filmes e jogos.
Milhares de professores estão gravando aulas diárias, oferecidas de forma síncrona e assíncrona, e preparam atividades de feedback (retorno) e avaliação a fim de manter contato com seus alunos e dar continuidade ao processo educacional.
Importantes questões têm sido levantadas a partir dos primeiros relatos desta experiência massiva de educação online. Professores parecem estar exaustos pelo aumento da carga de trabalho na preparação dos materiais e na gravação das aulas. Relatam também se sentir despreparados para ensinar nesta nova modalidade – que requer novo tipo de planejamento e produção de materiais específicos.
Estudantes relatam ter saudade da escola: sentem-se sozinhos e isolados em casa. Alguns pais dizem não conseguir ou não saber como apoiar os filhos na realização de atividades escolares.
Lições a aprender
Em meio ao clima de preocupação mundial com a disseminação do COVID-19, teremos a oportunidade de aprender importantes lições sobre educação massiva online.Precisamos formar professores capazes de ensinar por várias modalidades e que saibam integrar a tecnologia no processo ensino-aprendizagem
Para mim, a primeira lição é que precisamos formar professores capazes de ensinar por várias modalidades e que saibam integrar a tecnologia no processo ensino-aprendizagem. Isto significa formar professores para novas maneiras de interação com seus alunos e para o planejamento de experiências de aprendizagem diferenciadas.
A segunda é que a escola continua sendo o principal locus de interação para crianças e jovens, tanto em questões de aprendizagem quanto de suas relações sociais. Portanto, é irreal e inadequado pensar em educação totalmente online para alunos no ensino básico.
Estes relatos iniciais têm reafirmado a crença, que compartilhamos no CIEB (Centro de Inovação para a Educação Brasileira), de que professores e alunos devem ser preparados para vivenciar experiências de ensino-aprendizagem inovadoras mediadas por tecnologias, capazes de ampliar e transformar – mas não substituir – a escola.
Disponível em Porvir.ORG: https://porvir.org/o-coronavirus-e-a-educacao-online/
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